Como no início




O mesmo jogo, apenas o lugar mudou. O tempo se arrastando como martilho, com o dia virando uma eternidade. O prazer sendo subjugado como uma criança mimada que perdeu seu brinquedo, assim as coisas acontecem sem um eixo que lhe dê a ordem dos acontecimentos.

A noite vem, e a dor atinge o estômago como uma ulcera escrota que queima, e o tempo não se encontra, É assim, em um comodo vazio e algo como a morte fica envergonhada por palavras desmedidas e desencontradas. E meu cérebro em estado de inercia não tem como sentir a sua vontade.

Madrugada e a ressonância de mais um dia explode na tentativa de descanso. é que chamam de velhice? Mas só tenho 10 anos como posso ser velho? E ela, a morte, me diz que o tempo gosta de pregar peças, e me olho no espelho, Vejo as rugas, a pele flácida e desgastada, mas o que me impressiona é a morte, me levando pela mão, como na quela vez que fui ao parque pela primeira vez.

Comentários